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4/7/2008 08:35
Garcia Lorca & a Guerra Civil Espanhola
Ao poeta Ildásio Tavares
Meu coração repousa......junto à fonte fria.
Lorca
Frederico Garcia Lorca, poeta e dramaturgo espanhol consagrado mundialmente, uma das primeiras vitimas do terror nacionalista. Não pertencia a nenhuma organização política, mas tinha profundas preocupações democráticas. “Sempre serei partidário dos que nada têm”, declarou em 1934. Em agosto de 1936, foi atacado e fuzilado por um grupo de falangistas, nas proximidades de Granada. A poesia para Lorca era um belo estado de espírito, uma maneira de observar a vida para encontrar em todas as coisas seus mistérios. Suas atividades literárias granjearam-lhe notoriedade e fama mundial, graças a sua singela limpidez do estilo, doce e vivaz, uma qualidade que o torna visivelmente querido de todos. Se vivo estivesse, estaria mais perto da alma popular, traduzindo nos seus versos, as ânsias comuns da sua gente, a eloqüência, a atormentada sensualidade e seus encantos.
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Lorca transmitiu a sua poesia expressa não só no veículo literário, mas também na ação cênica, pois, diferentemente de muitos dos autores espanhóis que o antecedem que a ele se seguiram, teve o poeta intensa experiência de palco. Ou como foi definido pelo poeta Rafael Albert: “para Frederico o teatro não foi alguma coisa nova ou diferente de seu trabalho habitual, mas uma síntese de todas as suas vocações. Muitas das poesias que não escreveu assumiram forma e humanidade no teatro, como se Garcia Lorca as amasse com maior ternura...”. Depois do seu desaparecimento a sua obra ficaria fora dos palcos do país até a década de 60. Condenava-se ao exílio uma dramaturgia das mais importantes no teatro moderno e para a qual logo se mantiveram atentos os grandes centros teatrais, tornaram-se ela fonte clássica do repertório internacional.
Por isso, qualquer relato sobre a vida do poeta, começa obrigatoriamente pela sua morte brutal nas mãos dos fascistas, quando no alvorecer de 19 de agosto de 1936, em pleno verão andaluz, toda essa intensa atividade cultural e literária (poeta, dramaturgo, músico e desenhista), foi bruscamente interrompida; à bala de um fuzil tirou a vida de um poeta, que a violência de uma guerra cegamente lhe roubou, no amado solo de Granada: “Creio que ser de Granada me inclina a compreensão simpática dos perseguidos. Do cigano, do negro, do judeu, do mourisco que todos nós levamos dentro. Granada cheia de mistério, a coisa que não pode ser e, no entanto, é. Que não exige, mas influi. Ou influi precisamente por não existir”.
Embora fosse partidário da república Espanhola, são raríssimos na sua obra os versos de significação política. A sua morte parece ter sido menos um ato de ação deliberadamente contra-revolucionária do que de brutalidade estúpida. O cadáver de Garcia Lorca nunca foi localizado, o regime do generalíssimo Franco tentou durante anos, encobrir o fato e suas circunstâncias. Da mesma forma, impediu à difusão de sua obra. (1) A eclosão da Guerra Civil Espanhola (2) no verão de 1936 realça até que ponto os governos britânico e francês que haviam sido empurrados para a defensiva. Na França, a frente Popular de Blum, coalizão de socialistas, comunistas e radicais, acabava de assumir o poder, e lutava para construir uma força armada francesa num ambiente de grave depressão econômica. A Grã-Bretanha não desejava ser arrastada a mais uma área de conflito, e assim se inclinava a concordar com a França quanto a uma política de não intervenção. Enquanto isso, Mussoline começou a enviar soldados italianos em grande escala para ajudar Franco, e a Alemanha forneceu equipamentos aéreos e pilotos.
A Espanha foi transformada no campo de batalha de uma luta de amplitude européia entre as forças do socialismo e do comunismo, de um lado, e as forças do fascismo (assassino do povo, morte da consciência nacional), do outro. A guerra arrastou-se por três anos, mas já em início de 1937 estava evidente que Franco se encontrava firmemente instalado e que a França corria o grande perigo de se ver ameaçada por governos do tipo fascista por três de suas fronteiras. Seus problemas se complicaram com a declaração do governo belga de uma política de mentalidade em fins de 1936, e com a construção, na Renânia, de Linha Siegfried de fortificações alemãs, que, no caso de uma guerra, impediria totalmente que a França mantivesse contato militar com seus aliados do leste europeu.
Nascido a 5 de julho de 1898 em Fuente Vaqueros, na província de Granada, uma das primeiras cidades espanholas a cair nas mãos das milícias republicanas. Ano em que o desastre, no qual a Espanha perdeu suas últimas colônias ultramarinhas:: Cuba, Porto Rico e as Filipinas, numa curta e decisiva batalha contra a Marinha dos Estados Unidos. Lorca era filho de Frederico Garcia Rodrigues, oriundo de uma pequena burguesia liberal e ilustrada, era um abastado proprietário de terras cuja família fora muito rica até o século XIX, mas atingida também pela depressão econômica que tomou Andaluzia, logo depois da revolta republicana em 1820-1830, quando perdeu grande parte de seus bens. Sua mãe, Vicenta Lorca Romero natural de Granada, nascida em 1870, era uma antiga professora primária, antes de vir a ser a segunda esposa de Dom Frederico em 1897. Era uma mulher calma e séria, dela Lorca herdara a inteligência e do pai o temperamento apaixonado. O avô materno do poeta, Enrique Garcia Rodrigues e seus três irmãos, eram famosos por suas improvisações artísticas, por suas travessuras extravagantes. Os Garcias eram todos naturais e seus talentos musicais e artísticos influenciaram o poeta. Pois desde muito jovem, para ser preciso aos quatro anos, ele já sabia dezenas de canções populares de cor, e recebeu as primeiras lições de violão com sua tia Isabel.
Depois de uma infância no campo, num ambiente humano e natural, crescendo na Veja (um vale irrigado naturalmente entre colinas), que marcou sensivelmente o jovem, influenciado pelo modo de vida local. As primeiras letras aprenderam com a mãe e com Antonio Rodrigues Espinosa, um republicano amigo da família e aos dez anos já freqüentava a escola secundária. Vitima de uma enfermidade na boca e garganta, foi obrigado a afasta-se temporariamente da escola, o que motivou a escrever seu primeiro poema humorístico. Em 1909 a família muda-se da aldeia para Granada, a fim de cuidar da educação dos filhos, cursa a escola pública e o Colégio Sagrado Coração de Jesus, iniciando também os estudos musicais, aulas de piano e harmonia com Antonio Segura, um discípulo de Verdi. Seis anos mais tarde, Lorca começa os cursos de Direito e Letras, este por opção pessoal, o primeiro para satisfazer o desejo do pai. Mas ele não gosta dos estudos literários. Sua verdadeira paixão era a música, e tornar-se um pianista de primeira, chegando a escrever várias composições para piano. Com a morte de Segura no ano seguinte, a família resolve encerrar definitivamente a carreira do jovem.
No decorrer de 1917, Frederico viaja por Castela, Leon e Galícia na companhia de Dom Martin Domingos Berrueta, professor de Teoria da Arte na Universidade de Granada. E as impressões de viagem foram registradas em seu primeiro livro em prosa, Impressões e Paisagens, publicado neste mesmo ano, dedicado a Segura. Obrigado a abandonar a música, Lorca retoma com grande ardor a literatura, e rebela-se para sobreviver a sua tragédia. E na primavera de 1919 transfere-se para Madri, onde habita a Resistência dos Estudantes durante dez anos. Na capital, torna-se amigo do cineasta Luis Buñuel, do escritor Juan Ramón, do compositor Manuel De Falla, do pintor Salvador Dali e outros intelectuais espanhóis. Lorca publicou sua primeira peça, O Malefício da Borboleta, comédia em dois atos, um misto de fábula e conto que teve estréia em 1920 no Teatro Eslava, mas passou despercebida do público e da crítica local, exceto de alguns amigos que o incentivavam. Em Granada, Lorca gozava dos talentos artísticos que lhe oferecia e compreende que nesta cidade, atravessava um período singular na sua história artística. Mesmo antes de publicar seus versos, era conhecido e admirado como poeta. Já no ano seguinte, o seu Livro de Poemas, o torna conhecido e merece do crítico Adolfo Salazar um artigo elogioso no jornal O Sol.
Durante o ano de 1922 ele dedica-se quase que por inteiro ao estudo do “cante jondo”, um tipo de canto característico da Andaluzia, com forte influência oriental. E sobre o assunto, publica neste ano os livros de versos Poemas Del Cante Jundo e Primeiras Canções. Em 1923, conclui o curso de Direito em Granada e um ano depois publica mais um livro Canções, Málaga, onde reúne poemas de 1921-1924. Sua segunda peça Mariana Pineda, encenada em 1927 no Teatro Goya pela Companhia de Margarita Xirgu, exigiu dele quatro anos de trabalho. Mas com esta publicação, o poeta consegue a celebridade e graças ao sucesso da peça viaja para Cuba e Estados Unidos em 1929, a fim de estudar na Universidade de Columbia de Nova York.
Ao retornar na primavera do ano seguinte traz consigo quatro livros: poesia, impressões e teatro. Entre eles, um bastante diferente do conjunto de sua obra, pois o impacto da tumultuosa civilização norte-americano, da indústria e da técnica, lhe causa profundamente sua sensibilidade, de cultura tradicionalista européia. Em julho de 1928, ele publica o Primeiro Romanceiro Gitano, que inocula na tradição do romanceiro medieval, vibrações da sensibilidade moderna. Livro pitoresco e colorido é um magnífico retrato poético de Andaluzia. São dezoito romances onde Lorca aborda uma diversidade temática e sobre alerta constante, uma presença de morte. Seus protagonistas definidos, delimitados, interpretam liricamente uma situação narrativa e se elevam devido ao traço magistral do poeta, a uma dimensão mítica. Porque são expressões elaboradas em imagens da essência popular andaluza.
Seu populismo profundamente arraigado na tradição se absorve de um dinamismo dramático que Lorca com sua perspicácia estiliza numa fusão excepcional, da melodia popular e da arte. De tal maneira que o Romanceiro adquire um valor extraordinário na lírica espanhola: por sua revitalização de uma forma métrica, pela magia surpreendente de suas imagens, por sua expressiva estilização, por sua esplêndida claridade estética. O Romanceiro Gitano é um livro sombrio e patético, em que se trate de violência, assassinatos, violações e tragédias, que alcançou em 1936 sete edições e foi traduzido em vários idiomas. Entre sua produção de poesia Romanceiro Gitano tem obtido a mais ampla receptividade, que inocula na tradição do romanceiro medieval, vibrações de sensibilidade moderna.
Um Poeta em Nova York é o resultado de uma época de depressão nos Estados Unidos, que o fascinou o imenso mundo com o sofrimento pelas injustiças sociais. Foi escrito na Columbia University, durante os anos de 1928-1930, mas só aparecerá completo em 1944 na edição de Guilhermo de Torre. O livro este dividido em dez partes, com uma madureza poética que se reflete de modo imediato na complexidade metafórica ou na vibração sonora das palavras. O poeta Garcia Lorca eleva seu protesto frente a desumanização do homem sumido na alucinante civilização da técnica. E nessa desesperada realidade, nesse tempo e espaço distinto se refugia (em um primeiro momento) em seu passado. Depois se deixa apanhar por um indomável primitivismo dos negros do Harlem contraponto, em sua miséria e sua angústia de uma sociedade super civilizada que se comporta como um pesadelo despiedoso. Diante da cidade atormentada, o poeta se cobiça na natureza e encontra, uma vez mais, sua solidão, sua dor que, definitivamente é buscada desalentada de um autêntico “amor humano”, uma ausência que o faz meditar a morte.
Os Seis Poemas Galegos, publicados em 1935 e escritos em galego para mostrar que embora fosse sulista, a Galicia nortista e tão distante, possuía uma poesia lírica e milenar. Em janeiro de 1936 Lorca regressa a Madri vindo de Barcelona, onde sua peça Dona Rosita a Solteira, recebera os maiores elogios, tanto da crítica especializada como do público. Considerado o mais talentoso jovem poeta e dramaturgo de sua geração na Espanha, a fama começa a chegar a vários países.
Dramaturgia
O teatro espanhol experimentaria duplamente a tragédia da Guerra Civil. Morto o poeta nas mãos de um dos partidos em luta, o dos nacionalistas, a sua obra ficaria fora dos palcos do país até a década de 60. Condenava-se ao exílio uma dramaturgia das mais importantes no teatro moderno e para o qual logo se mantiveram atentos os grandes centros teatrais. Terminada a Segunda Guerra Mundial, tornou-se ela fonte clássica do repertório internacional. Isto acontecia graças à profunda captação da essência do drama, peculiar a Garcia Lorca, patente em sua obra-prima.
De retorno à Espanha, o autor e ato a partir de 1931, dedica-se que exclusivamente ao teatro e passa a dirigir com Eduardo Ugarte A Barraca, companhia universitária ambulante, que percorre a Espanha representando os grandes clássicos do repertório espanhol, durante seus dezoito meses de atividades. Alguns como: Cervantes, Lope de Rueda, Lope de Veja, Calderón de la Barca e outros. Sendo que os atores, estudantes da Universidade de Madri, eram admitidos no grupo, depois de se submeterem a uma série de testes rigorosos, sob a orientação de Lorca. Devido a sua atividade com a criação do grupo teatral, o estimulou a produzir uma monumental obra cênica, graças à inata vocação para a arte dramática. Entretanto continua a escrever peças de teatro, as quais: A Sapateira Prodigiosa (1930), Amor de don Perlimplin com Belisa em seu jardim (1931) e Dona Rosita a Solteira (1935).
Para Lorca, o teatro, segundo o poeta Rafael Alberti, “não foi alguma coisas nova ou diferente de seu trabalho habitual, mas uma síntese de todas as suas vocações. Muitas das poesias que não escreveu assumiram forma e humanidade no teatro, como se Garcia Lorca as amasse com a maior ternura...”. A consagração definitiva como autor advem-lhe com a trilogia Bodas de Sangue (1933) Yerma (1934) 3 e A Casa de Bernarda Alba (1936). Bodas de Sangue - que estréia em 8 de março de 1933 no Teatro Beatriz de Madri, representado pela companhia de Josefina Dias de Artigas. A idéia de escreve-la, surgiu em 1928, quando Lorca leu num jornal a notícia sobre um crime passional. Essa peça está dividida em três atos e sete quadros. O autor não desejou fazer a peça inteira em versos, mas numa prosa livre, que permitisse jogar com as palavras de forma mais livre. Para alguns críticos, Bodas de Sangue é uma obra poética muito mais do que dramática, mas de qualquer forma a maioria da crítica aplaude a obra por sua extraordinária beleza literária, pelos surpreendentes efeitos cênicos. De outubro desse ano até março do ano seguinte, o poeta esteve na América do Sul, visitando vários países: Uruguai, Brasil e Argentina, onde sua peça Bodas de Sangue alcançou um sucesso triunfal em Buenos Aires, obtendo mais de cem apresentações.
No Brasil, a primeira apresentação foi realizada no teatro Ginástico (companhia Dulcina de Morais e Odilon) em 1951. Participaram da montagem, sob a direção de Dulcina de Morais, Odilon Azevedo (Leonardo), Aurora Aboim (a Mãe) e Dulcina (a Noiva). A segunda montagem da peça foi dirigida por Antunes Filho em 1973, com a interpretação de Maria Della Costa (a Noiva), Ney Latorraca (o Noivo), Márcia Real (a Mãe), Jonas Mello (Leonardo). Em 1934, Lorca era um dos mais famosos poeta e dramaturgo espanhol vivo. Quando a tragédia rural Yerma estreou em Madri, a imprensa reacionária recusou sem exceção, a reconhecer seu talento e afirmaram que sua obra era imoral, anticatólica e irrelevante para os problemas da Espanha. Somente triunfaria em 30 de dezembro quando o jornal El Defensor, de Granada anunciou com orgulho que a encenação da peça tivera um sucesso extraordinário.
A Casa de Bernarda Alba, escrita no mesmo ano do seu desaparecimento é considerada com a obra mais perfeita do teatro espanhol contemporâneo. A partir de um horror, Lorca estruturou este drama como dialética entre caracteres humanos diferentes. A ação e os personagens primaram sobre os demais elementos cênicos. O ascetismo da mão viúva, sua austeridade estabelecerá o conflito com as vozes mais novas. Estreada postumamente no Teatro Avenida de Buenos Aires em 1945, trata-se de uma tragédia das mulheres das aldeias espanholas acorrentadas a preconceitos e mitos que um convencionalismo social tão cruel como vazio de valores. É o que efetivamente acontece nessa peça trágica, impregnada simultaneamente pelo lirismo característico de Lorca e pela supra fatalista que o poeta bebeu na Andaluzia da sua infância. A esta poderosa tragédia da liberdade tolhida pelo autoritarismo, que transcende a ação de Bernarda sobre suas filhas para refletir um conflito mais profundo da realidade espanhola.
Morte
Nos arredores de Granada, na madrugada do dia 19 de agosto de 1936 – ano em que se iniciou a Guerra Civil Espanhola – morre Frederico Garcia Lorca, covardemente assinado com um tiro pelas costas “no lugar onde treme, emaranhada, a escura raiz do grito”, um pelotão de soldados que pertenciam ao exercito de Franco ceifou a vida do poeta. A vida que Lorca amava acima de tudo, em todas as suas formas: da criatura humana às manifestações mais primitivas da natureza. A vida que o encantava a cada instante, porque nas menores coisas encontrava poesia.
Naquela madrugada, toda essa intensa atividade cultural e literária foi bruscamente cortada pela violência que varreu a Espanha durante a guerra. Recolhido na casa da família em Fuentevaqueros, não ficou a salvo. Seu cunhado, prefeito do lugar, era socialista e não tardou a ser preso pela falange franquista. Pouco depois Lorca era capturado, sob a acusação de ser um espião a serviço da Rússia. Dias depois foi publicada no diário Ideal, de Granada, com uma explicação sucinta: “Morto por ferimento de guerra”. Com ele morria na Espanha a poesia.
Nem os biógrafos nem seus amigos puderam até hoje ter uma explicação para o brutal fuzilamento de Frederico Garcia Lorca, que, ao lado de Ortega y Gassete, Vicente Aleixandre honram os melhores momentos das letras espanholas. O poeta chileno Pablo Neruda, um dos mais caros amigos de Garcia Lorca escreveu pouco depois da sua morte: “Desde então não sabemos nada, senão sua própria morte, o crime pelo qual Granada volta a história como um pavilhão negro que se divisa de todos os pontos do planeta”.
Notas
1. Existe no Brasil dos excelentes trabalhos sobre o poeta e a guerra Civil Espanhola, a pesquisa mais completa e lúcida que se fez do assunto: Ian Gibson, A Morte de Lorca. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira (tradução de Fernando de Castro Fero), 1976. A Vida de Frederico Garcia Lorca. São Paulo, Editora Globo (tradução de Augusto Klein), 1989.
2. Este é o cenário que se desenrola dentro do espaço de quatro dias, do romance de Ernest Hemingway, For Whom the Bell Tolls, publicado em 1940. Por Quem os sinos Dobram. São Paulo, Companhia Editora Nacional (tradução de Monteiro Lobato), 15ª ed. 1977.
3. Yerma – Ópera de Villa-Lobos (1956), baseada na peça homônima, deGarcia Lorca. Estreou na Ópera de santa Fé, Novo México (EUA, em1971, com libreto em espanhol.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
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